quinta-feira, 19 de março de 2009

bailarina de vermelho nua abre com chave de ouro cabaret das rosas

“Só deixei o lencinho, sem ele me sinto nua”.

As palavras bailarina de vermelho, nua, cabaret, chave e rosas dão margem a infinitas associações, mas uma coisa é certa, o que se viu na noite do dia 17 de março no casarão da Rua Conselheiro Saraiva no Centro do Rio foi um marco na história do burlesco. “Transcendeu todas as expectativas”, “Mais!” e “Que almofada linda ela tem”, foram as frases mais ouvidas na festa de inauguração do badalado Cabaret das Rosas. Muita gente ficou de fora, lá dentro, além da nata da classe acadêmica carioca, fãs, amigos, artistas e socialites, abarrotaram os salões. “É bonito ver o hight gritando palavras de baixo calão, o grupo anula as individualidades, uma legítima manifestação de adoração da tribo diante de seu totem”, definiu o antropólogo Will Félix. Do outro lado do palco, suada, a socióloga Fernanda Mantelli, declarou “Já havia finalizado minha tese de doutorado, vou ter que refazer tudo, agora sim encontrei meu objeto!”.

"eu sempre chego lá"

Foram muitas as apostas e bolões que correram na cidade acerca do strip, a desconfiança era se seria total ou não, “Não vejo porque a dúvida, eu sempre chego lá”, declarou a Bailarina de Vermelho. De fato a musa não deixou peça sobre peça “Só deixei o lencinho, sem ele me sinto nua”. A maior surpresa da noite, no entanto, foi o cruzamento entre strip e consulta bibliográfica que se viu em cena. Totalmente livre de suas vestes a diva propôs uma pausa reflexiva e entregou-se à leitura do clássico “Totem e tabu”. Neste ensaio Freud compara os ritos primitivos com a neurose, relacionando o significado original do totemismo com o processo pelo qual passa o desejo inconsciente. “É o nu conceitual!” bradava o estudante de Belas Artes André Pantaleão, “Isso que é leitura à contrapelo” opinava a chef Priscila Ernesto, “dá margem para muitas idéias, gostei, não conhecia essa moça”, assumiu . Olhos vidrados, queixos caídos insinuavam que o insight era geral. De certo, foi difícil manter o Moleskine aberto, mas a lembrança estará para sempre gravada nos corações e membros de quem viu.


objeto de estudo


fotos andré mantelli

3 comentários:

Sandro69 disse...

Liberou geral! Buzanfâ de la patrie! Cabaret Danton, onde todo mundo perde a cabeça!

Anônimo disse...

Musa de intelectual e calipigeo talento!

Anônimo disse...

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